Jornal Correio Braziliense

Economia

Melhora externa faz Ibovespa testar recorde intraday dos 108 mil pontos

O Ibovespa se aproximou novamente dos 108 mil pontos, marca recorde intraday que fora registrada pela primeira vez na sexta-feira, 25, (108.083,26 pontos; alta de 1,03%). O bom humor externo, com expectativa de uma conclusão da fase 1 das negociações EUA-China e em relação ao Brexit, ampara os ganhos na B3. Além disso, o petróleo passou a subir na manhã desta segunda-feira, 28, ajudando a mudar o sinal de queda das ações da Petrobras Entretanto, a commodity voltou a cair, mas os papéis da estatal sobem marginalmente. Após uma abertura perto da estabilidade, às 11h33, o Ibovespa tinha elevação de 0,49%, aos 107.888,56 pontos, depois de atingir máxima aos 108.002,55 pontos. Os investidores aguardam as decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, na quarta-feira. Para o Comitê de Política Monetária (Copom), a expectativa é de declínio da Selic de 5,50% para 5,00%. Já o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve diminuir o juro em 0,25 ponto. "Não tem nada, por enquanto no noticiário nacional que possa influenciar os negócios, mas os resultados corporativos, sim", diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM. Esta semana são esperados os balanços do Santander, Magazine Luiza, Gerdau, Pão de Açúcar, Bradesco, entre outros. Mais cedo, foi informado o balanço da Klabin, que registrou lucro líquido de R$ 207 milhões no terceiro trimestre, resultado 104% superior ao informado um ano antes. Esta semana promete ser ainda mais movimentada nos EUA, onde serão divulgados os resultados da GM, Mastercard, amanhã, Facebook e Apple, na quarta. Com o noticiário mais tranquilo hoje, e com a espera de grandes eventos na semana na "Super Quarta e resultados trimestrais a todo vapor", analistas da Rico Investimentos citam, em nota, que o movimento de hoje pode ser uma continuidade do que fora visto na semana passada. Por ora, acrescentam, as notícias até o momento são a confirmação do adiamento do Brexit para janeiro de 2020 e a vitória iminente da esquerda na Argentina. Há informações sobre avanços no diálogo dos EUA com a China, com os próximos de finalizar algumas partes da chamada "fase 1" de um acordo comercial. Além disso, a União Europeia aprovou hoje o adiamento do Brexit - que deveria entrar em vigor na quinta-feira (31) - por mais três meses. "O otimismo sobre as negociações entre EUA e China segue alto. Por aqui, a agenda de reformas segue em andamento após termos finalmente aprovado a Reforma da Previdência: pacto federativo deve ser a primeira medida enviada; resultados trimestrais de Petrobras e Vale foram muito bem recebidos pelos investidores na sexta", explicam os analistas da Rico.