Jornal Correio Braziliense

Economia

BB: privatização inevitável

Presidente do Banco do Brasil diz que, com avanços tecnológicos, a instituição pública não terá velocidade para se adaptar e que desestatização será o caminho. Estratégia atual é se desfazer de participações que não tenham sinergia com atividade-fim

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A revolução tecnológica no setor bancário, puxada por ;fintechs; e pelo ;open banking; ; ferramenta que permite o compartilhamento de informações de clientes entre os agentes do setor ;, tornará a privatização do Banco do Brasil (BB) inevitável no futuro, disse ontem o presidente da instituição financeira, Rubem Novaes.

;Do jeito que a modernização do sistema bancário se acelera, neste mundo de inovações constantes, é óbvio que uma instituição pública não vai ter a mesma velocidade de adaptação;, afirmou Novaes, após palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). ;Por enquanto, o banco ainda é extremamente eficiente e vai permanecer eficiente por algum tempo, mas, em algum momento, a perspectiva da privatização vai ter que ser enfrentada;, completou.

O presidente do BB ressaltou que expressava sua ;opinião pessoal;, mas que tinha a expectativa de que esse posicionamento passasse a ser defendido pelo governo e pela ;classe política; como um todo. O presidente do BB evitou responder se achava possível avançar na privatização ainda no mandato do presidente Jair Bolsonaro.

Durante a palestra, ele disse que as instituições financeiras terão que se adaptar ao mundo ;de open banking e fintechs; em ;dois, três, quatro anos;. De concreto, o presidente do BB reforçou que a estratégia de sua administração é privatizar todas as subsidiárias ou empresas nas quais o BB tenha participação que não tenham ;sinergia; com sua atividade principal.

Parceria

Segundo Novaes, o BB busca um parceiro para reduzir sua participação em ;asset management;, na qual atua a BBDTVM, assim como fez com seu banco de investimentos. Em setembro, BB e UBS assinaram um memorando de entendimento e estão debruçados para concluir as conversas em torno da parceria na área de investimentos ainda este ano.

Após a palestra, o presidente do BB disse que o modelo da parceria não seria igual, pois ;setores diferentes requerem parcerias diferentes;. Questionado, o presidente do BB evitou citar nomes de possíveis parceiros, mas disse que será estrangeiro.