Jornal Correio Braziliense

Economia

Juros de cheque especial e cartão de crédito rotativo avançam em setembro

A alta ocorre mesmo com a taxa Selic no menor nível da história, em 5,5% ao ano

[FOTO1]Os juros das principais modalidades de crédito oferecidas pelos bancos subiram em setembro. De acordo com o Banco Central (BC), as cobranças do rotativo do cartão de crédito e do cheque especial para pessoa física, 307,2% ao ano (a.a) para 307,8% a.a e 306,9% a.a para 307,6% a.a, respectivamente.

A alta ocorre mesmo com a taxa Selic no menor nível da história, em 5,5% ao ano. No acumulado do ano, o rotativo do cartão de crédito custou 285,4% a.a, alta de 22,4 pontos percentuais. Já a taxa do cheque especial, por outro lado, recuou 5 pontos percentuais, atingindo 312,6% ao ano.

O juros do rotativo regular, aplicado quando o cliente paga o valor mínimo da fatura, avançou 1,3 p.p, ficando em 290,2% a.a, ante 288,9% a.a, no mês anterior. Na modalidade não regular, em que o cliente não paga o mínimo da fatura, os juros variaram de 319,7% a.a, em agosto, para 319,5% a.a, em setembro.

Já a taxa de juros do cartão de crédito parcelado teve alta mensal de 1 ponto percentual, 178,3% ao ano, em setembro.

Crédito pessoal

As operações de crédito pessoal, registraram queda na taxa de juros, de 43,1% a.a, em agosto, para 41,5% a.a, no mês passado.

A taxa no crédito pessoal não consignado, também apresentou recuo, de 3,7%, caindo de 116,6% para 112,9%. É o quarto mês consecutivo de queda. O crédito consignado, modalidade em que há desconto direto no contracheque e que oferece o menor custo para o consumidor, apresentou leve variação negativa indo de 22,3% para 21,4%.

Inadimplência total

De acordo com o Banco Central, a inadimplência total se manteve estável em 3,0%. Nas operações com recursos livres a taxa mostrou leve variação negativa de 0,1%, ficando em 3,9%.

Pessoas físicas seguem com uma maior inadimplência, de 4,9%, alta de 0,1% em relação ao mês anterior. Entre as empresas, o percentual passou de 2,8% para 2,9%.

Spread bancário

O spread bancário médio de pessoas físicas, é a diferença entre o custo de captação do dinheiro, que é o que o banco paga ao cliente para deixar o dinheiro em conta corrente, poupança ou outro investimento, e aquele cobrado nos empréstimos bancários, passou de 45,5 p.p para 45 p.p na variação mensal.

Para pessoas jurídicas, o spread médio recuou de 12,8 p.p, para 12 p.p, em setembro.