Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsa tem dia de correções e fecha em baixa de 0,52%

Depois de três recordes consecutivos, favorecidos em boa medida pela aprovação da reforma da Previdência, o Índice Bovespa cedeu a um movimento de correções e terminou a quinta-feira em baixa de 0,52%, aos 106.986,15 pontos. Os negócios com ações na B3 somaram R$ 18,8 bilhões. Com a agenda e o noticiário escassos no período da tarde, a atenção dos investidores seguiu concentrada na votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão em segunda instância e a expectativa em torno dos resultados corporativos no terceiro trimestre. Números aquém do esperado de CSN e Localiza levaram os dois papéis a registrem os piores desempenhos da carteira do Ibovespa, com quedas de 6,85% e 6,1%, reforçando o viés negativo do índice. Segundo operadores, os resultados geraram temores de novas decepções nos balanços que estão por vir. Ainda nesta quinta-feira serão conhecidos os resultados de Petrobras e Vale, que têm potencial para dar o tom das expectativas para os balanços que estão por vir. Ao final do dia, Petrobras ON e PN caíram 1,97% e 2,18%, nesta ordem, enquanto Vale ON perdeu 0,76%. Nos dois casos, as quedas foram atribuídas essencialmente ao movimento de realização de lucros. "Em princípio tudo segue tranquilo na bolsa após a aprovação da reforma da Previdência, mas há grande expectativa com os resultados que serão apresentados nos balanços trimestrais. A leitura é que, se houver muitas decepções, o processo de realização de lucros recentes poderá se estender por mais tempo", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora. O setor financeiro voltou a mostrar maior resistência aos movimentos de realização de lucros. Com os preços das ações considerados atrasados, esses papéis tiveram perdas mais brandas ou pequenas altas, como no caso de Itaú Unibanco PN (+0,47%). O Ifinanceiro, índice que congrega 19 ações dos setores bancário, de serviços financeiros, previdência e seguros, terminou o dia em alta de 0,12%, o único a registrar ganhos entre os índices setoriais da B3. Na última terça-feira, dia em que o Ibovespa subiu 1,28%, embalado pela iminente aprovação da reforma da Previdência, os investidores estrangeiros trouxeram R$ 539,649 milhões à B3. Em outubro, os investimentos estrangeiros registram um saldo negativo de R$ 10,578 bilhões.