As bolsas da Europa encerraram o pregão desta terça-feira sem direção única a poucas horas de duas votações no Parlamento do Reino Unido que vão definir os próximos passos do governo de Boris Johnson no Brexit. O primeiro-ministro britânico voltou nesta terça a acenar com a busca por uma eleição geral se o Legislativo voltar a dissidir do Executivo.
A partir das 15h, a Câmara dos Comuns em Westminster levará a votação a chamada segunda leitura do projeto de lei que implementa as disposições do acordo de separação da União Europeia (UE) - em que, na prática, parlamentares apenas deliberam sobre se o texto deve ou não seguir tramitando - e, em seguida, votará contra ou a favor da tramitação acelerada que o governo quer imprimir à proposta.
"Este Parlamento está preso há três anos e meio em uma paralisação da sua própria fabricação", reclamou Boris Johnson durante o pronunciamento em Westminster em que defendeu o projeto de lei. Apesar de ter sido obrigado a solicitar à UE um novo adiamento do Brexit, o premiê tenta passar a matéria de forma acelerada pelos trâmites da Casa a fim de ratificar definitivamente o acordo até 31 de outubro.
A bolsa de Londres fechou em alta de 0,68%, aos 7.212,49 pontos, Frankfurt subiu 0,05%, aos 12.754,69 pontos, Milão ganhou 0,04%, aos 22.487,08 pontos, e Paris avançou 0,17%, aos 5.657,69 pontos, enquanto Madri caiu 0,24%, aos 9.380,20 pontos, e Lisboa cedeu 0,01%, aos 5.016,18 pontos.
Na sessão desta terça-feira, Johnson foi muito questionado sobre o curto espaço de tempo após 10 Downing Street tornar público o texto completo do PL que parlamentares terão para fazer o devido escrutínio do documento.
Ainda assim, o primeiro-ministro confirmou que, se o Parlamento votar contra a tramitação acelerada, o que levaria quase obrigatoriamente a uma nova extensão do prazo até o Brexit, o governo vai retirar a matéria de pauta e buscar a convocação de uma eleição geral. A chamada às urnas, contudo, teria de ser aprovada por uma maioria que, sozinho, o Partido Conservador não possui na Câmara dos Comuns.
Depois do fechamento, o Carrefour informou que as vendas do grupo somaram 19,996 bilhões de euros no terceiro trimestre de 2019, um crescimento de 2,3% nas vendas, considerando a mesma amostragem de lojas em funcionamento no ano anterior.