Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsa registra novo recorde


O Ibovespa abriu a semana com recorde histórico. Ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo atingiu 106.022, com alta de 1,23%, com volume financeiro negociado de R$ 18,794 bilhões. O recorde anterior foi de 105.817 pontos, alcançado no último dia 10 de julho. Analistas afirmam que reforma da Previdência, que pode ser votada amanhã em segundo turno no Senado, foi o fator mais importante para a bolsa durante o dia.

O dólar comercial teve alta de 0,27% ontem e fechou a R$ 4,13. A expectativa de que um possível acordo comercial entre a China e os Estados Unidos entre os dias 16 e 17, segundo declarou o presidente Donald Trump, foi o fator positivo do mercado. Por outro lado, a crise política no Chile, que já resultou em 11 mortos, e a desconfiança com relação ao desfecho do Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia, foram os fatores negativos no mercado neste início de semana.

No Brasil, as expectativas do mercado, refletidas no relatório de sondagem Focus, divulgado pelo Banco Central toda segunda-feira, são de que a taxa básica da economia, a Selic, chegue ao fim do ano em 4,5% ao ano. Antes, a previsão era de que encerraria o ano a 4,75%. Atualmente, a Selic está em 5%, o menor patamar da história. Para a próxima reunião, marcada para o dia 29, o mercado conta com redução de entre 0,50% e 0,75% de acordo com o Focus. No entanto, analistas acreditam que o cenário ainda não está favorável para uma redução de 0,75%.

Os analistas do mercado financeiro baixaram a estimativa de inflação para este ano de 3,28% para 3,26%. O relatório também apontou que a projeção de crescimento da economia aumentou 0,1 ponto percentual com relação ao mês passado, quando a estimativa era de crescimento de 0,87% no ano.

Renan Silva, economista da BlueMetrix Ativos, relaciona o otimismo do mercado com resultado do relatório Focus, sobretudo pela previsão de inflação em queda.