A palavra de ordem no mercado ontem foi cautela, refletindo dados que comprovam o enfraquecimento da economia mundial e a proximidade dos capítulos finais da novela do Brexit. As incertezas no cenário doméstico diante da crise do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, agravaram o temor dos investidores e o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), encerrou a sexta-feira em queda de 0,27%, a 104.728 pontos.
A China registrou, no terceiro trimestre deste ano, o pior desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em quase três décadas. Em meio aos impactos da guerra comercial com os Estados Unidos, a produção industrial chinesa, cresceu de 6%, abaixo da expectativa de 6,1%. Também pesou sobre o mercado, a expectativa da sessão do Parlamento britânico que votará o formato de saída do bloco europeu.
O sócio da All Investimentos, Daniel Meireles, afirma que ativos internos amenizaram uma queda maior. ;A oferta do Banco do Brasil aliviou o mercado doméstico, os papéis fecharam em alta de mais de 2%; acompanhados pela Eletrobras. As ações subiram com força após a afirmação do ministro de Minas e Energia (Bento Albuquerque) de que o projeto de privatização chegará ao Congresso em novembro;, disse.
O dólar comercial terminou com queda de 1,22%, cotado a R$ 4,118. O câmbio passou ter recuo mais forte depois do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o real pode se apreciar com fluxo privatizações. Mais cedo, ele havia afirmado que ainda há espaço para a queda de juros no Brasil. (RG)