O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, lamentou a morte de Lázaro Brandão, presidente das holdings do Bradesco, ontem, aos 93 anos. Conforme ressaltou, o executivo foi atento às transformações tecnológicas do setor, das quais foi um dos principais líderes. Lembrou ainda que Brandão sempre defendeu valorizar as inovações a serviço do atendimento personalizado aos clientes.
"Um dos mais importantes e significativos representantes da história do setor bancário de nosso país e da América Latina. Além de um grande banqueiro, ele foi um grande brasileiro e um gentleman", lembrou Portugal, que está em Washington para reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI). Acrescentou que Brandão "foi ainda um dirigente ativo e consciente do papel dos bancos no apoio ao desenvolvimento da economia nacional".
Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que recebeu "com pesar" a notícia do falecimento de Lázaro Brandão. "Como homem da indústria bancária, Lázaro marcou sua trajetória pelo espírito inovador e empreendedor (;). Foi um verdadeiro pioneiro dos nossos tempos".
Por sua vez, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) destacou que Brandão foi um ícone do sistema financeiro e um de seus mais ilustres representantes. "Dedicou toda a sua carreira a um dos maiores bancos do país, sempre com coerência profissional e ética". A entidade, que representa os bancos médios e de nicho, lembrou que Brandão esteve à frente do seu tempo, sendo um dos grandes construtores de uma organização moderna, eficiente e respeitada pela comunidade corporativa. "O Bradesco foi um dos pioneiros em tecnologia, graças à determinação de Lázaro Brandão, que não poupou esforços para o desenvolvimento de sistemas que facilitaram a vida dos clientes", diz o comunicado da ABBC.