Os saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a inflação comportada e a melhora no crédito devem fazer o comércio varejista brasileiro contratar neste fim de ano o maior número de funcionários temporários desde 2013, estimou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A entidade prevê a abertura de 91 mil vagas temporárias para atender ao aumento sazonal das vendas, um avanço de 4% ante os 87,5 mil postos de trabalho temporários criados no mesmo período do ano passado.
O comércio deve movimentar R$ 35,9 bilhões em vendas no Natal de 2019, segundo a CNC. A taxa de efetivação dos trabalhadores temporários deve alcançar 26,1%. "A ainda lenta recuperação da economia e, naturalmente do consumo desde o fim da recessão deverá, no entanto, impedir mais uma vez que o varejo promova taxas de efetivação superiores a 30% como costumava ocorrer até 2014", ponderou a entidade, em nota oficial.
O ramo de vestuário deve liderar a geração de vagas temporárias este ano, com 62,5 mil empregos, seguido por hipermercados e supermercados, com 12,8 mil postos de trabalho. Segundo a CNC, o segmento de vestuário, acessórios e calçados é o que registra maior aumento nas vendas natalinas.
As regiões com maior geração de vagas serão São Paulo (22,6 mil), Minas Gerais (10,0 mil), Rio de Janeiro (9,4 mil) e Rio Grande do Sul (7,6 mil). O salário médio de admissão dos temporários deve ficar em R$ 1.263, 4,2% maior, em termos nominais, do que no mesmo período do ano passado.
As previsões da CNC consideram um aumento de 4,8% das vendas de Natal em 2019.