Jornal Correio Braziliense

Economia

Basílica acende 100 mil velas virtuais ao mês

Em todo dia 12 de outubro, milhares de romeiros viajam até o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), para fazer promessas e agradecer pedidos realizados. Para quem não conseguir se deslocar até o Vale do Paraíba, no entanto, a Basílica Nacional oferece uma alternativa: a vela virtual. Todos os dias, cerca de 3,5 mil velas são acesas digitalmente - mais de 100 mil velas por mês. O pedido online por uma intervenção divina, em conexão de banda larga com Deus, porém, é apenas a ponta de lança do Santuário para estar mais perto do cotidiano dos fiéis. "A igreja precisa estar presente no mundo virtual porque as pessoas estão lá também", diz o padre Luiz Camilo Junior, responsável pela comunicação digital da Basílica. Para acender uma vela, basta entrar no site da Basílica e procurar pela ferramenta (https://www.a12.com/reze-no-santuario/vela-virtual). Na área específica, é preciso preencher uma lista de informações pessoais e, em seguida, digitar as intenções do pedido. Quando o processo for concluído, aparece uma chama na vela ilustrada no site - o fiel ainda pode escolher se sua causa será divulgada num mural pela internet ou se prefere mantê-la privada. Interação A vela virtual nasceu junto com o site do Santuário, há nove anos. "Queríamos criar um espaço em que o devoto possa beber de toda a mensagem de Aparecida também no meio online", afirma o padre. Para desenvolver a tecnologia, o Santuário teve ajuda de empresa de programação, que também criou o portal da Basílica, o A12, e recursos como o terço virtual e a Bíblia Online, com textos do Antigo e do Novo Testamento. No longo prazo, um dos planos é criar um robô de conversa para os fiéis que usam a vela e o terço virtuais, "como se fosse Maria acolhendo os pedidos de bênção", diz o padre. A Basílica também está preocupada com questões mais terrenas, como a privacidade dos fiéis. "Estamos trabalhando em conjunto com uma consultoria jurídica para nos adequarmos à Lei Geral de Proteção de Dados", diz o padre, em referência à nova legislação brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.