Os números são do Informe Conjuntural do terceiro trimestre, divulgado nesta sexta-feira (11/10) pela confederação. O texto sugere que o fraco desempenho da economia brasileira, bem como da indústria, é explicado pelo ;sentimento crescente de que o processo de aprovação das reformas indispensáveis ao crescimento da economia será mais demorado e complexo do que inicialmente percebidos e os poucos avanços na agenda de redução do Custo Brasil;.
A CNI espera que o consumo das famílias, com expectativa de alta de 1,5%, seja o principal motor da expansão do PIB neste ano. Em 2018, o segmento registrou avanço de 1,9%.
O estudo indica que há uma diferença entre o ritmo do desempenho do consumo e da produção industrial. De acordo com o texto, embora as vendas no varejo tenham mostrado avanço, o movimento não tem tido efeito para a indústria, que ;segue quase estagnada, principalmente por conta da falta de competitividade;.
Demais projeções
Já para o investimento, as projeções da instituição passaram de 2,1%, no estudo segundo trimestre, para 2,5%, no terceiro. Outra revisão foi na taxa média de desemprego, que deve ficar em 11,9% em 2019 ante 12,3% no ano anterior.
Na avaliação da CNI, a taxa básica de juros irá encerrar o ano em 5% ao ano. Atualmente, a Selic está na mínima histórica de 5,5%.
Para o déficit nominal do país, a confederação espera que fique em 6,43% do PIB de 2019. O valor mostra um recuo em relação ao resultado de 2018, 7,14%, que seria explicada pela manutenção do patamar de déficit primário e a redução de 0,7 ponto percentual do PIB nas despesas com juros nominais.
A Dívida Bruta, em relação ao PIB, deve passar de 77,2%, em 2018, para 78,4%, em 2019, segundo a previsão da CNI.
No câmbio, a projeção é de que o dólar fique em R$ 4,02 no final deste ano. A revisão em relação ao Informe Conjuntural anterior, que mostrava R$ 3,75, é explicada pela CNI por um crescente impacto de fatores conjunturais, como a Guerra Comercial entre Estados Unidos e China e a crise na Argentina.