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Economia

Três entre nove grupos do IPCA registraram deflação em setembro, diz IBGE

Três entre nove grupos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram deflação em setembro, informou nesta quarta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As quedas ocorreram em Alimentação e Bebidas (-0,43%), Comunicação (-0,01%) e Artigos de residência (-0,76%, maior recuo de grupo em setembro). Em Artigos de Residência, a deflação foi puxada pelos itens eletrodomésticos e equipamentos (-2,26%) e TV, som e informática (-0,90%). Na direção contrária, os custos aumentaram nos grupos Habitação (0,02%), Vestuário (0,27%), Despesas pessoais (0,04%), Educação (0,04%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,58%). As despesas com Transportes ficaram estáveis (0,00%) em setembro. Saúde Em Saúde e Cuidados Pessoais, o destaque foi o item higiene pessoal, com alta de 1,65% e contribuição de 0,04 ponto porcentual, maior impacto positivo no IPCA de setembro. Já o item plano de saúde acelerou de 0,03% em agosto para 0,57% em setembro, devido à apropriação integral da fração mensal do reajuste de 7,35% autorizado, em 23 de julho, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Alimentação e Bebidas O grupo Alimentação e Bebidas saiu de recuo de 0,35% em agosto para uma queda de 0,43% em setembro. A contribuição do grupo para a inflação saiu de -0,09 ponto porcentual para -0,11 ponto porcentual no período, maior impacto negativo de grupo sobre a inflação do último mês. Os alimentos para consumo no domicílio recuaram 0,70% em setembro, a quinta queda consecutiva. A contribuição negativa mais intensa para a deflação do IPCA de setembro foi do tomate, que ficou 16,17% mais barato no mês, um impacto de -0,04 ponto porcentual. As famílias também pagaram menos pela batata-inglesa (-8,42%), cebola (-9,89%) e frutas (-1,79%). Por outro lado, ficaram mais caros o leite longa vida (1,58%) e as carnes (0,25%). O custo da alimentação fora de casa subiu 0,04% em setembro. A refeição fora de casa caiu 0,06%, enquanto o lanche subiu 0,17%. Energia elétrica A tarifa de energia elétrica ficou estável (0,0%) em setembro, após uma alta de 3,85% em agosto, segundo a inflação medida pelo IPCA. A incidência da bandeira tarifária vermelha patamar 1 se manteve na passagem de agosto para setembro, permanecendo a cobrança adicional de R$ 4,00 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Houve reajuste de 1,94% no valor das tarifas de Belém, em 7 de agosto. Na mesma data entrou em vigor a redução de 6,48% nas tarifas residenciais em Vitória, mas teve aumento da alíquota de PIS/Cofins. Em São Luís, as tarifas recuaram cerca de 3,94%, a partir do dia 28 de agosto. Sem a pressão da energia elétrica, o gasto das famílias com Habitação desacelerou de um avanço de 1,19% em agosto para 0,02% em setembro. O gás de botijão ficou 0,17% mais barato, enquanto a taxa de água e esgoto aumentou 0,09%. Passagens aéreas As passagens aéreas voltaram a pesar menos no bolso das famílias em setembro, com redução de 1,54% nas tarifas, após já terem recuado 15,66% em agosto. O grupo Transportes saiu de uma redução de 0,39% em agosto para estabilidade em setembro (0,0%). A contribuição do grupo para a inflação passou de -0,07 ponto porcentual para 0,00 ponto porcentual no período. Os combustíveis tiveram alta de 0,12% em setembro. A gasolina ficou 0,04% mais barata, enquanto o óleo diesel subiu 2,56% e o etanol aumentou 0,46%.