Na visão de João Sanzovo Neto, presidente da Abras, o resultado é um sinal de que a economia brasileira está começando a reagir.
"Parece que o Brasil voltou "a respirar", e, não apenas o nosso setor, os resultados positivos se estendem para o comércio varejista em geral, setor de serviços. A produção industrial registrou em agosto 0,8% de alta, também o melhor número para o período desde 2014. Acho que, finalmente, nossa economia está reagindo, e espero que esse processo seja contínuo", afirmou o executivo em nota.
Ele ressalta que apenas em agosto foram criados 121,4 mil vagas de empregos formais, o crédito à pessoa física aumentou, a inflação segue estável, e os juros em queda.
Neto ressalva que ainda é preciso ter cautela com relação a uma nova projeção de vendas, apesar do desempenho no acumulado do ano já ter ultrapassando a estimativa da entidade para o setor em 2019 de alta de 3%. Para o presidente da entidade, os próximos meses serão decisivos, lembrando que a taxa de desemprego continua elevada, parte da população segue endividada, e a recuperação ainda está aquém do esperado.
Cesta
Em agosto, o preço da cesta de produtos Abrasmercado registrou queda de 1,90%, passando de R$ 483,84 para R$ 474,64. No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta registrou alta de 3,51%.
Os produtos com as maiores quedas nos preços em agosto foram tomate (-31,92%), batata (-7,64%), leite em pó integral (-3,18%) e feijão (-3,12%). As maiores altas foram registradas em cebola (%2b5,93%), farinha de mandioca ( 3,84%), biscoito cream cracker ( 2,03%) e detergente líquido para louça ( 1,59%).
No mês de agosto, todas as regiões apresentaram queda, com destaque para a região Nordeste, com retração de 2,90% nos preços da cesta Abrasmercado, impulsionada por Maceió (-4,11%) e Salvador (-3,72%). Em segundo lugar está a Região Sudeste, com declínio de 2,49%, influenciada pelos resultados da Grande Rio de Janeiro (-4,48%) e Grande São Paulo (-2,38%).