Na última década, os brasileiros gastaram menos do orçamento com carnes, cereais, farinhas e massa, leites e derivados, e óleos e gorduras. No entanto, ganharam importância na alimentação das famílias legumes e verduras, frutas, aves e ovos, bebidas e alimentos preparados.
Os dados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As mudanças nos hábitos de consumo das famílias brasileiras captadas pela POF servirão de parâmetro para recalcular o peso dos itens pesquisados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no País.
O IBGE divulgará na próxima sexta-feira, dia 11, a nota técnica com as futuras mudanças no cálculo do IPCA. A inflação passará a ser calculada sob a nova metodologia apenas em janeiro do ano que vem, com divulgação prevista para o início de fevereiro.
Nas despesas com alimentos para consumo no domicílio, a participação do grupo de Cereais, leguminosas e oleaginosas caiu de 8,0% na POF anterior, de 2008-2009, para 5% em 2017-2018. A fatia destinada ao consumo de Óleos e gorduras recuou de 2,3% para 1,7%, enquanto os recursos despendidos com Carnes, vísceras e pescados - grupo de maior participação nas despesas - desceu de 21,9% para 20,2%.
A participação de Farinhas, féculas e massas encolheu de 4,6% em 2008-2009 para 3,6% em 2017-2019; Leites e derivados, de 11,5% para 10,6%; Panificados, de 10,4% para 10,3%.
Já a participação do grupo Bebidas e infusões subiu de 9,7% em 2008-2009 para 10,6% em 2017-2018. O grupo de Alimentos preparados evoluiu de 2,9% a 3,4%; Legumes e verduras, de 3,3% para 3,6%; Frutas, de 4,6% para 5,2%; Aves e ovos, de 6,9% para 7,6%.