A maior alta da inadimplência ocorreu no setor de Serviços, com aumento de 9,6% ante julho de 2018. O segmento representa atualmente 48,4% das dívidas. Em seguida, encontram-se Comércio e Indústria, ambos com acréscimo de 2%. Esses dois setores representam 42,8% e 8,3% dos estabelecimentos inadimplentes, respectivamente, ainda de acordo com levantamento da Serasa.
Em nota, o economista da Serasa Experian Luiz Rabi avalia que "setores fortemente ligados à renda dos brasileiros, como o de Serviços, acabam reunindo o maior volume de empreendimentos com contas atrasadas e negativadas devido à precária geração de caixa. Com isso, os empreendedores buscam crédito para cobrir rombos em seus orçamentos, sem retorno imediato e, por isso, acabam deixando de honrar os compromissos financeiros".
O levantamento também aponta que as micro e pequenas empresas representam 95% do total de empreendimentos com dívidas em atraso. Foram registradas 5,8 milhões de empresas inadimplentes entre todos os portes, uma alta de 4,4% em relação a julho de 2018.
Estados
O Estado do Amapá teve a maior alta no número de micro e pequenas inadimplentes, atingindo 12% no comparativo de julho de 2019 com o mesmo período do ano passado. Em seguida, os maiores acréscimos no indicador foram registrados no Rio de Janeiro, com 10,8%, e Rio Grande do Sul, com 9,9%. São Paulo registrou aumento de 6,7%.Cinco Estados apresentaram queda na comparação com julho de 2018: Santa Catarina (-12,6%), Alagoas (-5%), Rio Grande do Norte (-3,1%), Piauí (-2,7%) e Maranhão (-0,2%).