Rodrigo acredita que é necessário uma ;disrupção; do pensamento atual sobre o sistema. Para o CEO, a mudança tem que envolver os prestadores de serviço, médicos, já que os mesmo não conhecem o que é valor em saúde. Rodrigo explica que o valor em saúde é o resultado clínico que importa para o paciente dividido pelo custo da assistência. ;Toda assistência, por menor que seja, custa. Esse valor em saúde tem que ser positivo, o que não acontece nos dias atuais.
Como médico, ele explica que os prestadores de serviço não tem na própria formação uma visão direcionada para os negócios em saúde. ;Os prestadores têm uma mentalidade na qual ele fatura mais quando ele gera mais procedimentos;, explica. A ausência de monitoramento e da mensuração dos desfechos clínicos colabora para uma ausência de foco no valor.
A falta de mensuração de informações também não permite que o Brasil possa afirmar a resolutividade da atenção primária. ;Entendemos que a necessidade da atenção primária à saúde é praticamente vital. Precisamos de atenção primária para 100% das pessoas, mas não há como provar essa resolutividade;, explica. A operacionalização da atenção primária seria necessária para uma mudança de gestão de saúde.