O chamado pacto intergeracional ; no qual os mais jovens contribuíam com mais para bancar os mais velhos ; tem efeitos também nos cálculos dos planos particulares e não apenas no Sistema Único de Saúde (SUS), reforça Cechin.
;A participação dos jovens vem caindo, a quantidade de idosos vem aumentando e a despesa per capta em saúde sobe mais de 1 ponto percentual por ano. A conta não fecha. Temos que nos preparar ao longo da vida;, afirma o superintendente-executivo do IESS. Ele afirma que o esquema de precificação e de reajustes dos planos ocorre de acordo com que acontece na vida real. A questão não é o preço. Cechin aponta estudos de especialistas norte-americanos que mostram que ;seu estado de saúde depende de você: 20% vêm da herança genética, 20%, de onde você vive, e 10% da tecnologia médica. O resto está relacionado à vida saudável;, garante.
;O que vem com o envelhecimento? Estatisticamente falando maiores gastos com saúde. Esse perfil de gastos é universal. Não apenas no Brasil. Acontece em pelo menos 14 países da União Europeia;, conta. Mesmo assim, Cechin acredita que ainda há um imenso espaço para a indústria de planos de saúde crescer. O avanço não ocorre nesse momento por causa do fraco desempenho da economia do país, dos baixos índices de emprego e pela instabilidade política. ;Na incerteza, o investidor estrangeiro não vem para cá. Nesse cenário, até mesmo a reforma da Previdência pode causar decepção no curto prazo. Não vai mudar nada, se a economia não crescer. Com o mercado aquecido e ampliação do emprego, os planos são vendidos;, salienta.