No novo pacto federativo, que o governo vai apresentar ao Congresso depois que a reforma da Previdência for aprovada, o governo estuda desindexar algumas despesas ; ou seja, acabar com a correção automática, por lei, com base em algum índice, como a inflação. Seria o caso do reajuste anual de pagamento de servidores públicos, por exemplo.
O salário mínimo, entretanto, será poupado dessa medida, garantiu Guedes. "Vamos avaliar que despesas têm que seguir indexadas. O salário mínimo, por exemplo, o presidente da República já falou que continua indexado. Educação básica, também. Saúde preventiva, sim, a outra vamos conversar a respeito", disse. "O presidente já falou que o salário mínimo tem que continuar indexado", reforçou.
Com isso, quem recebe o mínimo não corre o risco de, nos próximos anos, perder poder de compra. No caso do salário mínimo, o crescimento será vinculado pelo menos à inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Para 2020, o governo que seja reajustado apenas pela inflação, o que garante que o poder de compra será mantido, mas sem crescimento real do valor recebido.
"Vamos desindexar alguns privilégios, não é salário mínimo, não. Sempre que se fala em atacar privilégios, alguém coloca pobre no meio. Sabemos de quem queremos tirar", disse Guedes, se antecipando à acusação de que a medida atacaria os mais pobres. Na semana passada, o ministério da Economia afirmou que, além do salário mínimo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também continuará corrigido pela inflação.