Vera Batista
postado em 25/09/2019 11:13
A indústria de saúde suplementar tem vários desafios para superar, diante da atual conjuntura, na análise de Emmanuel Lacerda, gerente executivo da Unidade de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi. Durante o Correio Debate, que tratou do consumo e da sustentabilidade do sistema, ele apontou que 11 milhões de vidas são contratadas pela indústria. Mas a agenda do contratante desses planos, que são eminentemente pagos pelos empresários, é um elemento novo que começa a ter protagonismo.Antes, os planos de saúde sempre eram negociados com os empregados como uma exceção, ou como um benefício para reter talentos, não como uma forma de gestão em saúde. ;Era oferecido nas empresas para reter talentos;, destacou Lacerda. Hoje, as empresas têm repensado o seu papel e vem estreitando seu relacionamento com a saúde suplementar e também vem incorporando práticas de gestão, o que pode resultar em melhor compatibilidade de custos.
Gestão em saúde
A falta de uma efetiva gestão em saúde ou do atendimento suplementar por parte das empresas, no país, acarretou vários prejuízos que poderiam ser evitados, de acordo com Emmanuel Lacerda. ;Para cada 100 habitantes, nós perdemos 30 anos de capacidade de vida produtiva;, revelou. Esse trabalhar ;afastado; por questões de saúde vai acabar consumindo mais o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e também os próprios planos.
;E isso tem impacto para as empresas, para o governo e para a sociedade. Para a empresa, porque vai arcar com hora extra para outro funcionário, ou contratar outra pessoa de fora do quadro. Sofre também com a perda de conhecimento desse profissional que se afastoua;, informou o gerente executivo da Unidade de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi. E para o trabalhador, a consequência, por outro lado, com o seu afastamento, é perda na renda familiar. ;Toda a sociedade, e não só o governo, paga quando se tem pessoas improdutivas;, ressaltou.