A multinacional suíça LafargeHolcim anunciou recentemente que vai alocar 160 milhões de francos suíços (cerca de R$ 677,7 milhões) para reduzir a pegada de carbono na Europa. A companhia pretende diminuir em 15% as emissões anuais de CO2 na Europa. Até 2022, serão 3 milhões de toneladas. Os recursos servirão para investir em equipamentos e tecnologias para aumentar o uso de combustíveis de baixo carbono e materiais reciclados nos processos e produtos da empresa. A multinacional prevê o aporte de mais recursos para estimular a adoção de novos materiais e serviços mais eficientes em carbono.
A empresa informa que fazem parte do pacote cerca de 80 projetos, distribuídos por 19 países europeus. Para Marcel Cobuz, líder de região da Europa, o investimento na Europa permitirá à companhia avançar na redução das emissões de CO2, não só nas próprias operações, mas nos negócios dos clientes e em toda a cadeia de valor, com aumento da eficiência levada para a estrutura das construções feitas com os produtos da LafargeHolcim.
Por meio de nota, o executivo comentou: ;Estamos cientes de nosso impacto no meio ambiente e permaneceremos na vanguarda dos esforços para mitigar as mudanças climáticas". Assim como tem sido feito na operação brasileira, na Europa, a companhia busca integrar o princípio da economia circular no processo de produção de cimento, por meio do uso de resíduos de materiais, em vez de combustíveis fósseis e matérias-primas primárias.
Plásticos
No ano passado, a multinacional reaproveitou 11 milhões de toneladas de resíduos, do qual fazem parte 2 milhões de toneladas de plásticos não recicláveis. Com o projeto de ampliação da política de redução de danos na Europa, a LafargeHolcim prevê redirecionar 1,5 milhão de toneladas adicionais de resíduos, o que evitaria a emissão de 1 milhão de toneladas de CO2 por ano.
Outra frente de trabalho da companhia no continente europeu é o aumento do uso de alternativas minerais e resíduos. A LafargeHolcim já usa cerca de 4,5 milhões de toneladas de subprodutos de outras indústrias. É durante a produção de clínquer, o principal componente do cimento, que ocorre a maioria das emissões de CO2, associadas ao principal produto do portfólio da companhia.