Após abertura em alta, o Ibovespa migrou para o terreno negativo, apesar do sinal positivo das bolsas norte-americanas. Por aqui, analistas de renda variável avaliam como desfavorável o adiamento, para a semana que vem, da votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado, prevista para amanhã.
"É péssimo. Já tínhamos a avaliação desfavorável do Alcolumbre recentemente sobre a privatização da Eletrobras. Só piora", diz uma fonte. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou de que venda da estatal será difícil.
De acordo com o operador, a notícia desfavorece o cenário já empobrecido da atividade econômica, que custa a engatar uma retomada firme e considerável.
No pior momento, o Ibovespa chegou a operar aquém dos 104 mil pontos, aos 103.875,43 pontos. No entanto, às 11h22, era negociado aos 104.137,29 pontos, com recuo de 0,48%. Em seu melhor momento atingiu 104.892,90 pontos.
Mais cedo, perspectiva de avanço no acordo comercial entre Estados Unidos e China trouxe alento aos negócios. Além de expectativa favorável em torno das negociações sino-americanas, indicadores econômicos da Alemanha também deram suporte para a alta da Bolsa brasileira, que acompanhava o exterior.
No entanto, analistas da Rico afirmam em nota que do isso é "muito pouco" para mudar o cenário desconfortável de franca desaceleração da economia mundial.