O BC informou, também, que o déficit em transações correntes somou US$ 33,9 bilhões (1,84% do PIB) nos 12 meses encerrados em agosto, em comparação aos US$ 31,3 bilhões (1,70% do PIB) no período encerrado em julho. As exportações, no mês de agosto, somaram US$ 18,8 bilhões, recuo de 12,7%, em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações de bens, na mesma base de comparação, caíram 16%, para US$ 16,2 bilhões. No acumulado do ano, as exportações recuaram 5,8%, e as importações 2,3%, resultando em superávit comercial de US$ 27,2 bilhões, abaixo dos US$ 33,4 bilhões observados em período correspondente de 2018.
Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP), em agosto, somaram US$ 9,5 como resultado de entrada de US$ 8,4 bilhões em participação no capital, e de US$ 1,1 bilhão em operações intercompanhia. No acumulado do ano, os ingressos líquidos de IDP caíram 10,5% em relação a 2018. Somaram US$ 41,2 bilhões, contra US$ 46,0 bilhões no ano passado. Em 12 meses até agosto, os ingressos líquidos de IDP totalizaram US$ 72 bilhões, equivalentes a 3,91% do PIB (US$ 72,2 bilhões e 3,91% do PIB no acumulado em 12 meses até julho).
Já o estoque de reservas internacionais chegou a US$ 386,5 bilhões em agosto, o equivalente a 119,4% do estoque da dívida externa bruta. O aumento de US$ 748 milhões no estoque de reservas, em comparação a julho, de acordo com o BC, teve como causa principalmente a variação por preços, que contribuiu para elevar o estoque de reservas em US$ 2,7 bilhões, montante superior ao da venda líquida de US$ 2,5 bilhões no mercado de câmbio (retorno líquido de US$ 500 milhões em linhas com recompra e venda de US$ 3 bilhões no mercado à vista). A receita de juros elevou o estoque de reservas em US$ 650 milhões, de acordo com o BC.
Revisões das estatísticas
O Banco Central revisou vários itens dos dados do setor externo. A explicação é porque foram usadas novas fontes de dados e também melhorada a qualidade nas que já existiam. ;As revisões decorreram de aprimoramentos principalmente dos seguintes itens: coleta e validação de informações sobre receitas de exportação recebidas no exterior (não internalizadas no país via contratos de câmbio ou outros instrumentos), e utilização desses recursos em transações com não residentes liquidadas no exterior, via pesquisa Capitais Brasileiros no Exterior (CBE); melhor identificação do valor das mercadorias exportadas em operações de recebimento antecipado; e melhor identificação do valor das mercadorias importadas em operações de pagamento antecipado;, destacou o Banco Central.