Começou às 10h06 desta terça-feira, 17, a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No período da tarde, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom.
Na quarta-feira, 18, eles têm mais uma rodada de discussões antes de indicarem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 6,00% ao ano.
Em meio à fraqueza da economia e aos índices controlados de inflação, a expectativa majoritária do mercado financeiro é de que a Selic passe por um novo corte de 0,50 ponto porcentual - o segundo no atual ciclo de baixa da taxa básica.
De um total de 55 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperam por um corte de 0,50 ponto, para 5,50% ao ano. Para o fim de 2019, as estimativas para a Selic variam entre 4,75% e 5,50%.
No fim de julho, o Copom havia anunciado o corte da Selic de 6,50% para 6,00% ao ano. Foi a primeira queda após 16 encontros em que o colegiado manteve a taxa básica estável. Ao justificar a decisão, o BC reconheceu uma evolução no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação.
Além disso, sinalizou que devem ocorrer cortes adicionais da taxa. Esta mensagem foi reiterada nos documentos mais recentes do BC e nas próprias declarações do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. Ao mesmo tempo, a instituição sempre ponderou que a decisão desta semana continuaria dependendo da evolução da atividade, do balanço de riscos e das projeções de inflação.
As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,6% em 2019 e 3,9% em 2020 - dentro das metas estabelecidas para os anos. Estes porcentuais, no entanto, serão atualizados também na próxima quarta-feira, após a reunião do Copom. No Relatório de Mercado Focus, as projeções para o IPCA estão em 3,45% e 3,80%, respectivamente.
Entre os dados de atividade mais recentes no Brasil, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) mostrou retração de 0,16% em julho. No acumulado do trimestre encerrado em julho, porém, o indicador apresentou alta de 0,91%.
Já o IPCA - o índice oficial de inflação - segue comportado. O índice de agosto indicou inflação de 0,11%. Em 12 meses até agosto, a taxa acumulada é de 3,43%.