Após atingir máxima aos 104.699,20 pontos logo depois da abertura, o Ibovespa passou a reduzir o ritmo de alta, diante do início do pregão misto em Nova York, mas moderado. Apesar do sinal positivo do Ibovespa nos últimos dias, o investidor estrangeiro continua deixando a B3.
No acumulado de setembro, o saldo de recursos estrangeiros está negativo em R$ 1,477 bilhão. No entanto, houve entrada de R$ 20,521 milhões de recursos externos na Bolsa na quarta-feira, 11.
Às 11 horas desta sexta-feira, 13, o Ibovespa subia 0,09%, aos 104.460,06 pontos. Em Nova York, o Nasdaq caía 0,10%, enquanto do Dow Jones (0,17%) e o S 500 (0,05%) subiam.
A proximidade de um acordo comercial entre Estados Unidos e China - ainda que provisório - continua no radar dos investidores, bem como as incertezas relacionadas ao Brexit. As ações anunciadas ontem pelo Banco Central Europeu (BCE), para tentar evitar uma recessão, também na véspera, seguem ecoando e trazendo alívio.
Com isso, seguem as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e o Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem, reduzam suas taxas de juros. Por aqui, os investidores avaliam novos dados de atividade, que tendem a reforçar queda da Selic.
O mercado internacional segue com baixa aversão ao risco, conseguindo preservar o bom humor, ressalta nota da MCM Consultores. Isso corre, explica, "após gestos adicionais de boa-vontade da China e avanços na negociação comercial com os EUA, como a possibilidade de um acordo provisório, além do estímulo monetário pelo BCE."
No Brasil, o resultado do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) na margem - caiu 0,16% em julho ante junho, ficando com recuo mais intenso que a mediana de -0,08% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast - pode conter um pouco ânimo de alguns economistas a respeito da atividade no terceiro trimestre e em 2019. Isso porque os dados anteriores (varejo e serviços) tiveram desempenho melhor que o esperado. No ano, no entanto, o IBC-Br acumula alta de 0,78% até julho e de 1,07% em 12 meses.
Apesar da ausência do mercado chinês nesta sexta por conta de feriado local, a alta do minério em outros mercados asiáticos é um dos balizadores para as ações da Vale, que ainda conta com algumas notícias envolvendo a empresa, ressalta um operador. Conforme ele, já há previsões sugerindo valorização da commodity a US$ 115 a tonelada. Ontem, o preço do minério de ferro negociado no porto de Qingdao, na China, subiu 4,90%, a US$ 99,30 a tonelada, impulsionado sobretudo pelo aumento da demanda chinesa pela commodity.
A Vale suspendeu os trabalhos em uma frente de lavra na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, Minas Gerais. A produção da mina não será afetada, conforme a companhia. A Vale também informou que recebeu comunicado da Litel Participações sobre alteração do acordo de acionistas da mineradora.
Já o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou a retomada das operações da usina de níquel Onça Puma, da Vale, com sede em Ourilândia do Norte (PA). As minas estavam paralisadas desde setembro de 2017, e a usina de processamento de níquel desde junho deste ano. Às 11h04, Vale ON subia 1,01%, enquanto Petrobras PN e ON caía: 0,44% e 0,34%, respectivamente, acompanhando o recuo do petróleo no exterior.