O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o substituto de Marcos Cintra no comando da Receita deve ter perfil técnico. Ele também disse que não acredita na possibilidade de um nome político ser escolhido para assumir a função.
"Acho que será perfil bastante técnico e um pouquinho, talvez, mais vinculado à própria Receita. Acho que deve ser com esse perfil", disse o ministro, em entrevista à Rádio Gaúcha, pela manhã.
Onyx afirmou que o nome deve ser definido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na próxima semana.
Questionado sobre a possibilidade de Guedes indicar um ex-deputado para a função, o ministro respondeu que "não acredita nisso". Ele descartou a possibilidade de o secretário da Previdência, Rogério Marinho, assumir a vaga deixada por Cintra. "A missão dele é outra. O Marinho está muito bem na Previdência. E está trabalhando em um projeto muito bonito que vamos anunciar na próxima semana", declarou. Segundo Onyx, o projeto trata de empregabilidade.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o ministro da Economia pode optar por uma solução caseira para substituir Cintra no comando da Receita. O nome do secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, está circulando no Ministério da Economia como uma alternativa interna para a sucessão.
Outro nome analisado por Guedes é o da advogada Vanessa Canado, da equipe do economista Bernard Appy no Centro de Cidadania Fiscal. Vanessa é professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) e doutora em Direito.
CPMF
Na quinta-feira, ao Broadcast, o ministro Onyx Lorenzoni disse que a 'nova CPMF' defendida por Cintra está fora de cogitação. "CPMF, Deus me livre. Sempre digo que o governo Jair Bolsonaro vai ser o primeiro a diminuir imposto", comentou.
O ministro afirmou, ainda, que a demissão do secretário especial da Receita, Marcos Cintra, foi "uma mensagem muito clara do compromisso que o presidente assumiu". "Assunto encerrado", acrescentou.
Ele disse, ainda, que a escolha do substituto de Marcos Cintra na secretaria está sendo tratada diretamente entre Bolsonaro, que se recupera de cirurgia em São Paulo, e o ministro da Economia.