O presidente em exercício, Hamilton Mourão, negou que a crítica do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à proposta de um tributo nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) preocupe o governo. Mourão defendeu que "tudo tem que ser discutido" com o Congresso.
"Eu não acho", disse Mourão ao ser indagado se a fala de Maia preocupa o governo. "Vamos olhar a coisa da seguinte forma: o governo tem uma proposta, o Senado tem outra, a Câmara tem outra. Isso tem que ser discutido, têm estados e municípios", afirmou, citando propostas de reforma tributária em tramitação no Legislativo.
Em seguida, Mourão completou: "Vivemos em um período da democracia. Então, tudo tem que ser discutido", reforçou.
Na terça-feira, 10, Mourão fez um contraponto ao filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), e defendeu que a democracia é "fundamental".
Mourão não quis comentar se a proposta de um tributo nos moldes da extinta CPMF deve ser aprovada ou não pelo Congresso. "Eu não sei, não posso te dizer isso aí", reagiu, em conversa com jornalistas.
O vice-presidente assumiu interinamente a presidência enquanto o presidente Jair Bolsonaro se recupera de cirurgia para correção de uma hérnia incisional, em São Paulo. Ele reafirmou nesta quarta-feira que deve permanecer na função até amanhã, quando Bolsonaro pretende reassumir formalmente o cargo.
Na terça, Bolsonaro apresentou dificuldades para eliminar gases e, por isso, a equipe médica introduziu uma sonda nasogástrica nesta quarta para retirar o excesso de ar do intestino do presidente, afirmou o médico responsável pela cirurgia de Bolsonaro, Antônio Macedo, pela manhã.