Jornal Correio Braziliense

Economia

Vigilância Sanitária diz que não aceitará pressões



Entre argumentos contrários e favoráveis à liberação do cigarro eletrônico, a Anvisa afirma que seguirá seu calendário normalmente. O órgão tem utilizado uma posição de cautela em suas declarações.

;Não vamos acelerar nem encurtar nosso trâmite normal em torno desse tema;, afirma o diretor de regulação e vigilância sanitária do departamento de Tabaco da Anvisa, André Luiz Silva. ;A agência seguirá o trâmite normal até dezembro, quando está prevista a divulgação de alguma deliberação sobre os cigarros. Existem argumentos muito convincentes em todos os lados desse debate. Precisamos analisar e avaliar todos os prós e contras da regulamentação dos dispositivos eletrônicos antes de tomar qualquer deliberação.;

Um dos maiores problemas é que, embora sejam proibidos no Brasil, os cigarros eletrônicos estão disponíveis em sites de comércio eletrônico, lojas especializadas e em camelôs.

Danos ao coração
O argumento da Anvisa é de que os estudos sobre os efeitos do cigarro eletrônico não são conclusivos. Em julho de 2017, a Anvisa recebeu um documento de apoio da Associação Médica Brasileira (AMB) e das Sociedades Médicas filiadas a ela. O documento sugere que o uso do cigarro eletrônico é prejudicial para a saúde do usuário, além de poder atrair usuários jovens, instigando o hábito de fumar.

A agência argumenta, ainda, que os resultados preliminares de uma pesquisa da faculdade de medicina da Universidade de Nova York indicaram que o cigarro eletrônico poderia aumentar o risco de danos ao coração, pulmões e bexiga. Porém, os resultados não são conclusivos, já que esse tipo de investigação pode levar anos. (NC)