O plano de desinvestimento da Petrobras realizou até agora total de US$ 15,3 bilhões, de acordo com o presidente da empresa, Roberto Castello Branco. O executivo participou na manhã desta terça-feira, 10, do Congresso Brasileiro de Mineração.
Os recursos, segundo Castello Branco, serão alocados para ativos que têm a estatal com dona natural, onde os retornos são mais elevados, e pagamento de dívida, hoje em US$ 101 bilhões. "O que representa três vezes o fluxo de caixa anual", frisou o presidente da empresa.
"Estamos ficando na produção de petróleo e gás em áreas profundas, onde a Petrobras é líder global de tecnologia e capital humano, e estamos desinvestindo em campos maduros, águas rasas, terrestres, ativos de logística e no chamado down stream, parte do refino e distribuição de combustível e gás natural, cujos retornos não são compatíveis com nosso custo de capital", disse Castello Branco.
O executivo disse que as mudanças na empresa criarão três indústrias no país. "De refino, atualmente uma empresa só controla 98% da capacidade de refino no Brasil. Vamos ter vários produtores, entre eles, de forma relevante, a Petrobras". A outra indústria a ser criada, conforme o presidente da estatal, é a de petróleo em águas rasas e planos terrestres. A terceira, de transporte e distribuição de gás natural.
Sem citar prazos para privatizações, Castello Branco disse que, em 2022, a Petrobras será uma empresa melhor, "menos endividada".