<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2019/09/10/781698/20190910113326213373u.jpg" alt="Os testes são um passo efetivo de programa gestado há quase duas décadas para renovação da frota de caças brasileiros" /><strong>Link;ping (Suécia) -</strong> Em meio á dificuldades orçamentárias, integrantes da alta cúpula militar brasileira acompanharam, na Suécia, os primeiros testes táticos e de censores do caça Gripen - a aeronave foi escolhida ainda em 2014 para renovar a frota de defesa nacional. Levantamento da associação Contas Abertas, a pedido do <strong>Correio</strong>, revela que os recursos para o ;;programa de aquisição de aeronaves e sistemas;; (FX-2) será reduzido em 52,6% a partir do próximo ano.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os recursos reservados para a compra e desenvolvimento do Gripen subiram entre 2018 (R$1.050.133.500) e 2019 (R$ 1.357.511.151), mas caíram drasticamente na previsão para o próximo ano (R$ 643.340.000). Isso sem contar o que pode vir a ser contingenciado neste e no próximo ano. De uma forma geral, houve uma queda de 42% nos programas do Ministério da Defesa, que, em nota, garante que trabalha com ajustes para que não ocorram impactos significativos nos projetos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Há uma preocupação com a queda dos recursos, mas integrantes da empresa sueca Saab, fabricante dos caças garantem o acordo. O mesmo ocorre no Brasil, o que ficou claro com a presença do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, em Link;ping, a 200km de Estocolmo, na sede da Saab, onde ocorreu o segundo voo oficial da primeira aeronave encomendada pelo governo brasileiro - o primeiro teste foi em 26 de agosto.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os testes são um passo efetivo de programa gestado há quase duas décadas para renovação da frota de caças brasileiros. Iniciado ainda em 2001, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso lançou o projeto F-X, o processo de compra passou pelos governos Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer até chegar à gestão de Jair Bolsonaro, a com um orçamento mais baixo até aqui.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A disputa de quase R$ 17 bilhões envolveu diretamente a norte-americana Boeing, a francesa Dassault e a sueca Saab, que acabou vitoriosa. Em outubro de 2014, a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou o resultado da concorrência. O acordo prevê a compra de 36 aeronaves e a transferência de tecnologia, o que já vem ocorrendo a partir de parcerias com empresas brasileiras - representantes das companhias nacionais também participaram do evento ontem na Suécia.</div><div style="text-align: justify">[VIDEO1] </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">;;É um programa de soberania e defesa. Aumentamos a capacidade da FAB e impulsionamos a transferência de tecnologia para o Brasil, abrindo as fronteiras para o conhecimento;, disse Azevedo e Silva. ;O setor também representa 4% do PIB, gerando mais de 285 mil empregos diretos e 850 mil indiretos, com salário médio de aproximadamente duas vezes maior ao da média nacional. O projeto Gripen vem para robustecer estes números.;;</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os governos brasileiro e sueco - além das empresas envolvidas no projeto - esperam ampliar o mercado internacional a partir da unidade de produção da Embraer, em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. O comandante da FAB, o brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, disse que o presidente Jair Bolsonaro continua ;;priorizando a alocação de recursos necessários a um projeto tão promissor para o Brasil;;.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Procurado ainda na semana passada, o Comando da Aeronáutica não confirmou aspectos sobre a dotação orçamentária para o processo de compra, mas garantiu que o cronograma está mantido, detalhando aspectos como as etapas de certificação. ;;O cronograma de entregas contratado pela Força Aérea Brasileira contempla o recebimento das aeronaves a partir de 2021 até 2026. Será um total de 36 aeronaves que vão, inicialmente, ser operadas por unidades aéreas a partir da Ala 2, em Anápolis (GO). Os pilotos brasileiros efetuarão o treinamento na Suécia a partir de 2020;;, diz a nota da assessoria militar.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Cerca de 350 profissionais brasileiros participam do programa de transferência de tecnologia na Suécia, que envolve 62 projetos de diversas disciplinas aeronáuticas.</div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">*O jornalista viajou a convite da Saab</div><div style="text-align: justify">[VIDEO2] </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><br /></div>