O setor de seguros espera a aprovação de mudanças na Lei de Licitações, propostas pelo Projeto de Lei n; 1292/95, que tramita na Câmara dos Deputados, para expandir negócios com seguro-garantia para obras públicas. Atualmente, a contratação de seguros é opcional e, quando feita, limita-se a 10% do valor da obra. Um dos dispositivos do PL que altera a Lei n; 8.866, cujo parecer foi votado em comissão especial no fim do ano passado, torna obrigatória a contratação do seguro-garantia e eleva o valor do contrato para 30% do valor de obras acima de R$ 100 milhões.
;Investimentos de grandes riscos devem acontecer a partir do ano que vem, devido às concessões e privatizações que estão planejadas;, disse Antônio Trindade, presidente da Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta), que participou do Conseguro 2019, congresso promovido pela Confederação das Seguradoras, em Brasília. O setor espera expansão de 8% a 10,6%, dependendo do cenário econômico. No primeiro semestre, o crescimento foi de 8,4%.
Para Trindade, com a possibilidade de mudanças na lei, se o país retomar os investimentos, há boas perspectivas para o ano que vem. ;O mercado de seguros está superpreparado para assumir riscos. Não tem nenhuma falta de conhecimento, capacidade ou restrição das seguradoras do Brasil para entrar de cabeça no setor;. Segundo o presidente da Fenaseg, também na oferta de seguro de crédito à exportação, o Brasil é um mercado incipiente.
;O Brasil é um país com potencial enorme que sempre está patinando. Temos uma infraestrutura muito aquém do que gostaríamos, mas com grande quantidade de investimentos previstos e temos capital estruturado em diversos projetos. Hoje, em todo o mundo, há um enorme volume de investimentos a serem feitos, principalmente na área de energia. São projetos de infraestrutura que, obviamente, precisam ser feitos com capital intensivo e de longo prazo;, afirmou.
* Estagiárias sob supervisão de Cláudia Dianni