A dívida bruta geral do setor público, que contabiliza os passivos dos governos federal, estaduais, municipais e do INSS, subiu em julho, passando de R$ 5,540 trilhões, o equivalente a 79% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país). O valor é 0,3 pontos percentuais superior ao registrado em junho, quando o endividamento estava em R$ 5,498 bilhões e representava 78,77% do PIB, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta sexta-feira (30/8).
Vários fatores contribuíram para essa evolução, informou o BC. Entre eles, a incorporação de juros nominais, com alta de 0,5 pontos percentuais, as emissões líquidas de dívida do governo geral (aumento de 0,2 pontos percentuais) e o ajuste nas contas em consequência da valorização cambial (redução de 0,1 ponto percentual)
Além desse fatos, também pesou no resultado da dívida bruta o crescimento do PIB nominal (redução de 0,3 pontos percentuais). No ano, ressaltou o BC, foi registrado crescimento de 1,8 ponto percentual na relação entre a dívida bruta e o PIB. Esse incremento foi decorrente, em especial, da incorporação de juros (aumento de 3,5 pontos percentuais), de emissões líquidas de dívida (aumento de 0,5 pontos percentuais), do ajuste da valorização cambial (redução de 0,1 ponto percentual e do crescimento do PIB nominal (redução de 2,1 ponto percentual).
O déficit primário (economia para pagar os juros), nas estatísticas do BC, do setor público consolidado (Governo central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) melhorou em julho ao ficar em R$ R$ 2,763 bilhões em julho, menor que o de junho, de R$ 30,102 bilhões. Esse é o melhor resultado de julho, desde 2013, quando houve superávit de R$ 2,287 bilhões. Nos sete primeiros meses de 2019, as contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 8,503 bilhões, o equivalente a 0,21% do PIB, informou o Banco Central.