Jornal Correio Braziliense

Economia

Um dia após abrir audiência pública de sandbox, CVM abre 'Diálogos' com fintechs

Um dia depois de dar início à audiência pública sobre o "sandbox", que instituirá um ambiente regulatório experimental para negócios inovadores no mercado de capitais, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou com as fintechs um programa que foi batizado de "Diálogos", que funcionará para aproximação da autarquia com diferentes segmentos da sociedade. O encontro nesta quinta ocorre em parceria com a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs). Segundo o presidente da CVM, Marcelo Barbosa, o objetivo da autarquia com essa aproximação é buscar outras formas de desenvolvimento do mercado de capitais. Segundo ele, o regulador tem interesse em estar perto do segmento até mesmo para entender em que medida e quando cabe algum tipo de regulação. O diretor da CVM, Gustavo Gonzalez, disse que é muito significativo que os encontros com o mercado tenha começado com as fintechs. O superintendente de Desenvolvimento de Mercado da CVM, Antonio Berwanger, disse que o sandbox será para o regulador uma espécie de ferramenta para aperfeiçoar o entendimento do funcionamento de novas tecnologias, ajudando a dimensionar os riscos, além de ajudar no processo de normatização e supervisão. "O sandbox deverá ser fonte de diversas alterações de normativas que vão compor a pauta regulatória da CVM", disse Berwanger. Segundo ele, na experiência externa houve redução de custo e no tempo de introdução de ideias inovadoras no mercado. "Acho que estamos dando um passo importante para fomento da inovação do nosso mercado", disse. A audiência pública será até o dia 27 de setembro. A expectativa, segundo Berwanger, é de recebimento de um grande número de contribuições e que o esforço será para que as regras sejam editadas até o início do ano que vem.