O aumento da produção foi acompanhado do crescimento da utilização da capacidade instalada, que subiu 2 pontos percentuais em relação a junho e marcou 68% em julho. No entanto, a indústria continua acumulando estoques, com o índice em 52,8 pontos, maior do que quando ocorreu a paralisação dos transportes, em maio de 2018.
Segundo a pesquisa, o registro de 54,1 pontos em agosto no índice de intenção de investimentos mostra que a melhora do cenário impulsiona os empresários em relação a investimentos nos próximos seis meses. O número aumentou 1,7 ponto na comparação com julho e é 4,9 superior à média histórica. As grandes empresas são as que estão mais propensas a investir, com indicador de intenção de 61,1 pontos, superior à média brasileira. O aumento explica-se nas condições de seus negócios, com aumento da produção e da utilização da capacidade instalada. A Sondagem foi feita com quase 2 mil empresas: 776 pequenas, 704 médias e 477 de grande porte.
Quanto à expectativa dos empresários em investir, os indicadores medem que a intenção continua acima dos 50 pontos, baseado no possível crescimento da demanda, das compras de matérias-primas, do emprego e das exportações nos próximos seis meses. Para Cláudio Considera, pesquisador associado do FGV - Instituto Brasileiro de Economia, o momento ideal para os investimentos é quando ocorrer o aumento exponencial da demanda. ;A crença de que haverá demanda maior no futuro está relacionada com a liberação das contas do FGTS, o que significa que as pessoas voltariam a consumir produtos duráveis;, destaca Considera.