O sócio e Head de Produtos na Monte Bravo Investimentos, Rodrigo Franchini, atribui o movimento do mercado à conjuntura externa e sensibilidade aguçada dos investidores em busca de ativos de menos risco. ;O Brasil entra na categoria de mercado emergente como par da América Latina. É uma pressão especulativa de risco e volatilidade, onde a Argentina nos contamina pela proximidade histórica, além de um dos principais parceiros econômicos;, diz.
Sem grandes movimentações na agenda de reformas, ele considera que o mercado deve continuar com grande volatilidade até o fim do ano. ;Só vai melhorar quando o país mostrar para o mundo que tem política de investimento interno e estímulo da economia. Não só arrumar a questão fiscal, mas também estimular por meio de outros pontos que devem ser colocados em pauta e até agora não conseguiram;, acrescenta.
Na Argentina, segue repercutindo a troca do ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, que pediu demissão após o presidente, Maurício Macri, tomar medidas populistas, contrariando as promessas de campanha liberais. ;O abandono do campo econômico para o campo político pela baixa popularidade não é vista economicamente com bons olhos pelos investidores.;, diz o analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman.
* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira