Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas de NY fecham em alta e recuperam parte de perdas semanais

Os principais índices de Nova York encerraram a sessão desta sexta-feira em alta e se aproximaram dos níveis de abertura na segunda-feira, mas o diagnóstico da semana ainda foi de perdas. As bolsas nova-iorquinas operaram no azul durante o dia e ganharam força com notícias de que a Alemanha pode lançar mão de estímulos fiscais em caso de recessão. O índice Dow Jones avançou 1,20% para 25.886,01 pontos, com queda de 1,52% na comparação semanal, enquanto o Nasdaq ganhou 1,67%, aos 7.895,99 pontos, e perdeu 0,79% na semana. Por sua vez, o S 500 subiu 1,44% para 2.888,68 pontos e recuou 1,03% desde a sexta-feira passada, encerrando sua terceira semana de fechamentos abaixo da marca psicológica dos 3 mil pontos. Todos os setores do S 500 fecharam no positivo. O subíndice industrial encabeçou os ganhos, com destaque para a recuperação parcial da General Electric (+9,74%), que havia despencado mais de 11% na sessão de quinta sob acusações de fraude financeira, além de 3M (+2,97%) e Caterpillar (+1,02%). Também houve altas expressivas nas tecnológicas, como Apple (+2,36%) e Microsoft (+1,83%), e no segmento financeiro, com Citi (+3,52%), Bank of America (+2,97%) e Wells Fargo (+2,33%). O pregão operou com volatilidade relativamente baixa e sem muitos drivers específicos. O destaque do noticiário econômico foi a publicação pela revista alemã Der Spiegel de que o governo da Alemanha estaria pronto para elevar gastos públicos em caso de recessão, renovando o fôlego de índices que já subiam ao longo do dia. Na quinta e sexta-feira, o mercado buscou apagar parte das perdas registradas nos últimos pregões, diante de renovadas incertezas com a desaceleração industrial e econômica mundial. Um marco na semana foram as pontuais inversões da curva de juros dos Treasuries de dois e dez anos, considerado um alerta que precedeu as últimas sete recessões globais. "Os mercados parecem temer que a desaceleração acentuada em outros países se alastrará para os EUA em breve, embora dados apontem o contrário", avaliam analistas do Wells Fargo. Para os especialistas, há certa base nos receios, principalmente com relação a setores cíclicos como energia e indústria, mas o quadro geral nos EUA ainda é otimista. "Em resumo, não estamos particularmente preocupados com a inversão da curva e mantemos que os fundamentos da economia permanecem razoavelmente sólidos", escrevem os analistas do banco em relatório.