O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,7% na passagem de maio para junho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,2% em comparação ao primeiro trimestre do ano, após um ligeiro recuo de 0,1% observada no trimestre anterior.
Em relação ao segundo trimestre de 2018, a atividade econômica cresceu 0,7% no segundo trimestre deste ano. A taxa acumulada em 12 meses manteve a alta de 0,9% no segundo trimestre, mesmo resultado observado no trimestre anterior.
"O crescimento de 0,2% da economia neste segundo trimestre, segundo o Monitor do PIB-FGV, põe a economia de volta à trajetória de crescimento que havia se perdido no primeiro trimestre. Entre os três grandes setores, a agropecuária e a indústria apresentam taxas negativas, salvando-se os serviços, que já apresenta taxas positivas há dez trimestres", avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
O crescimento de observado na passagem do primeiro trimestre para o segundo trimestre do ano foi puxado pelo setor de serviços, único dos três grandes setores de atividade a apresentar crescimento no período (0,3%). Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias avançou 0,7%, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve expansão de 2,3%.
"Os dados mostram que, apesar do crescimento, a economia ainda não consegue se expandir a taxas mais robustas", completou Claudio Considera.
Na comparação do segundo trimestre de 2019 com o segundo trimestre de 2018, o consumo das famílias cresceu 2,1%. A FBCF teve elevação de 4,0%. As exportações avançaram 2,6%, e as importações tiveram alta de 4,5%.
Em termos monetários, o PIB totalizou aproximadamente R$ 3,469 trilhões em valores correntes no primeiro semestre do ano.