"Além desses 468, temos 1061 programados para saírem até abril do ano que vem", informou o representante da companhia. Em apresentação dos resultados da empresa no segundo trimestre, Wilson ainda relatou que o processo de capitalização da empresa está em fase de retomada, e que o mesmo já foi acertado com o presidente Jair Bolsonaro.
"É uma decisão do acionista controlador, que deu autorização para que estudos fossem aprofundados sobre eventual desestatização da Eletrobras;, disse Ferreira. "A decisão é de capitalização. O que significa? Que a companhia é aberta. Vocês acompanharam a BR Distribuidora. A operação com a Eletrobras é semelhante, não igual. O governo vai lançar novas ações e não vou acompanhar esse aumento de capital. Entrando, esse capital vai permitir zerar algumas dívidas". A privatização da BR Distribuidora, usada como exemplo por Wilson, aconteceu no final de julho, após a Petrobras vender R$ 8,6 bilhões em ações da subsidiária de postos de combustíveis.
No segundo trimestre de 2019, a Eletrobras teve lucro líquido de R$ 5,5 bilhões, valor 305% superior ao mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de R$ 1,3 bilhão. Segundo Wilson Ferreira, o governo federal deve decidir o modelo a ser adotado para a participação de empresas privadas na conclusão da usina nuclear de Angra 3, com obras paradas desde 2015. Até o final do ano, a Eletrobras espera finalizar a licitação para atrair parcerias privadas.
Até agora, já foram gastos R$10 bilhões na construção da usina. Porém, ainda faltam investimentos de mais R$ 15 bilhões para a conclusão do projeto, valor que deve ser obtido por meio da iniciativa privada. O presidente da Eletrobras não definiu uma data para o início da privatização, mas espera que o processo seja realizado até fevereiro de 2020.
*Estagiária sob supervisão de