Os principais índices acionários de Nova York encerraram o pregão desta sexta-feira em queda, com declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçando as já persistentes tensões comerciais com a China. O fato manteve o clima de cautela nos mercados de ações, apesar de o índice Dow Jones ter operado, pontualmente, no campo positivo em parte do pregão.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,34%, aos 26.287,44 pontos. Na semana, a perda foi de 0,75%. O S 500 encerrou o dia recuando 0,66%, para 2.918,65, cedendo 0,46% na comparação semanal. O índice Nasdaq, por sua vez, fechou em baixa de 1,00%, aos 7.959,14 pontos, com recuo semanal de 1,02%.
Trump afirmou que não está pronto para fazer um acordo comercial com a China e sugeriu que as negociações marcadas para setembro podem não ocorrer. "Vamos ver se mantemos ou não as conversas em setembro", declarou. Também nesta sexta o republicano disse ter decidido que os EUA não fariam um acordo com a empresa chinesa Huawei, o que aprofundou as perdas dos índices de NY.
A afirmação, contudo, foi, de acordo com a Fox Business, esclarecida pela Casa Branca: na verdade, a restrição a negócios com a companhia é para órgãos do governo dos EUA, não para as empresas americanas em geral. Depois da notícia, as bolsas reduziram perdas e o Dow Jones chegou a operar no terreno positivo, mas não manteve fôlego e voltou a recuar. Entre as ações em foco, McDonald's subiu 3,14% e ajudou o Dow Jones, ainda na esteira de um balanço forte da rede de lanchonetes.
"Os mercados financeiros experimentaram uma das semanas mais tumultuadas da história recente", diz a Oxford Economics, em relatório divulgado a clientes, ao comentar a volatilidade verificada ao longo da semana.
As maiores quedas em NY se deram nos setores de energia e de tecnologia: ambas recuaram 1,25%. A ExxonMobill fechou em queda de 2,13%, num cenário de petróleo em bear market ao longo da semana - apesar do fortalecimento no pregão desta sexta. Entre as techs, a Apple cedeu 0,82% e a Intel, 2,52%, com perdas aceleradas após a fala de Trump sobre a Huawei.