O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) afirmou nesta terça-feira que "lamenta profundamente" e "se opõe firmemente" à decisão dos Estados Unidos de designar o país asiático como um "manipulador cambial", dizendo que se tratar de um "comportamento protecionista" que vai "não só minar seriamente a ordem financeira internacional, mas também provocar turbulência nos mercados financeiros".
Assim como havia feito ontem, antes de ser alvo do rótulo americano, a autoridade monetária chinesa defendeu-se alegando que a cotação do yuan é determinada por dinâmicas de oferta e demanda nos mercados e voltou a rechaçar ter usado a taxa de câmbio como uma ferramenta para lidar com disputas comerciais.
No comunicado, o PBoC argumentou ainda que a China não preenche os "padrões quantitativos" formulados pelo Departamento do Tesouro dos EUA como critério para a designação como "manipulador cambial".
Desde 2018, os EUA "têm continuamente provocado uma escalada das disputas comerciais", critica o PBoC, instando os americanos a "retornarem à trilha correta da racionalidade e da objetividade".