Jornal Correio Braziliense

Economia

Pedidos de aposentadorias em 2019 já superam todo o ano passado

Por região, a maioria (40,6%) estava no Sudeste; 21,2% trabalhavam no Nordeste; 17,7%, no Centro-Oeste; 10,9%, no Sul; e 9,7%, no Norte

Os números do Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do Ministério da Economia indicam uma corrida dos servidores federais por aposentadoria em todo o Brasil. Sem considerar o Distrito Federal (GDF), nos seis primeiros meses de 2019, a quantidade de funcionários que vestiram o pijama, 20.652, já é maior que em todo o ano de 2018 (18.835). Incluído o pessoal da capital do país, o número de aposentadorias sobe para 21.457, uma alta de 3,89% em relação aos 20.142 do ano passado. No confronto com 2016 (17.631 aposentadorias), o avanço foi de 21,7%.

Dos que buscaram a aposentadoria, 53,8% eram de nível intermediário, 42%, de nível superior e 4,2% de nível auxiliar. Por região, a maioria (40,6%) estava no Sudeste; 21,2% trabalhavam no Nordeste; 17,7%, no Centro-Oeste; 10,9%, no Sul; e 9,7%, no Norte. No total, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) perderam 39,17% dos servidores ativos.

Segundo o especialista em finanças públicas Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas, o governo esperava esse movimento que em nada atrapalhará o atendimento aos beneficiários e a economia a ser feita com a reforma da Previdência.

Para o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, o aumento das aposentadorias proporcionais de 4,4%, em 2016, para 21,5%, até agora, neste ano, reflete o receio com as novas regras para a Previdência que estão por vir. ;Daqui para frente, a tendência é praticamente dobrar o número de inativos;, disse.