O dólar volta a subir ante o real no mercado doméstico nesta sexta-feira, 2, acompanhando a valorização da divisa americana predominante em relação a outras moedas emergentes ligadas a commodities no exterior em reação à nova escalada nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Pouco antes do fechamento deste texto, a moeda americana ampliou o ajuste positivo ante as divisas emergentes, reagindo aos dados mistos do Payroll norte-americano em julho.
O relatório de empregos americano, o payroll, mostrou a criação de 164 mil empregos em julho nos Estados Unidos, abaixo da previsão +170 mil. A taxa de desemprego ficou estável em 3,7% em julho, como previsto. Já o salário médio por hora subiu 0,29% em julho ante junho, acima da previsão +0,2%. Em reação ainda, o dólar ampliou a queda ante divisas fortes.
Estão no radar ainda um anúncio que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que fará no começo da tarde em relação à União Europeia. Mais cedo, na Ásia, o Japão adotou retaliações à Coreia do Sul, que foi excluída da lista de países com status comercial preferencial, elevando as tensões bilaterais.
Nesta manhã, a China prometeu responder aos Estados Unidos para defender seus "interesses centrais" se o país implementar tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões em bens chineses, que entrariam em vigor em 1º de setembro, como anunciado ontem, disse hoje o Ministério do Comércio chinês.
O órgão classificou o anúncio de ontem, feito pelo presidente americano, Donald Trump, como uma violação do seu acordo com o presidente chinês, Xi Jinping, em junho, quando se reuniram durante a cúpula do G-20 e acordaram na retomada das negociações bilaterais. Em comunicado divulgado hoje, o Ministério do Comércio também afirmou que "todas as consequências serão suportadas pelos EUA".
Às 9h49, o dólar à vista subia 0,51%, a R$ 3,8672. O dólar futuro para setembro ganhava 0,74%, a R$ 3,8760.