O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a ameaçar a China com tarifas nesta quinta-feira. Durante discurso em Cincinnati, Ohio, Trump afirmou que seu país tem perdido "centenas de bilhões" de dólares ao ano para a China "e isso deve acabar". Mais cedo, ele anunciou no Twitter a imposição de nova tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses, em mais uma medida do tipo para pressionar Pequim a buscar um acordo comercial bilateral.
"Acho que a China quer fazer um acordo conosco, mas não tenho certeza", disse Trump a seus partidários, no comício realizado para pedir apoio por sua reeleição. "Estamos acabando com o roubo de propriedade intelectual da China", comentou. Ainda segundo Trump, é o país asiático que acabará por pagar o preço das tarifas, não os cidadãos americanos.
Trump voltou a dizer que o presidente chinês, Xi Jinping, é seu amigo, mas que até o líder asiático entende que a situação bilateral precisa mudar. Segundo o presidente americano, caso as empresas estrangeiras não queiram pagar tarifas, devem se transferir para os EUA e gerar empregos no país.
Durante a maior parte do comício, Trump defendeu sua agenda de governo, incluindo suas políticas para a saúde e a defesa do carvão como fonte de energia, e criticou o oposicionista Partido Democrata, mencionando suas políticas para a fronteira. Segundo Trump, uma vitória dos democratas significaria fronteiras fracas e mais violência.
A fala de Trump chegou a ser interrompida por alguns manifestantes contrários ao presidente. Aparentemente, ao menos dois deles se infiltraram no evento e começaram a gritar contra Trump, sendo vaiados e, depois de cerca de dois minutos, retirados do local.