O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,9 ponto em julho ante junho, para 93,9 pontos, informou nesta quarta-feira, 31, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,1 ponto, interrompendo uma sequência de quatro meses de quedas.
"A alta da confiança empresarial pelo segundo mês consecutivo foi motivada principalmente pela melhora das expectativas. O resultado parece estar relacionado com a aprovação da votação em 1º turno da reforma da Previdência e medidas para incentivar o consumo como a liberação dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e PIS/Pasep", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
Em julho, o Índice de Situação Atual (ISA-E) subiu apenas 0,1 ponto, para 89,9 pontos. Desde março de 2018, o subíndice tem oscilado numa estreita faixa em torno dos 90 pontos, considerada baixa em termos históricos, apontou a FGV. Já o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,9 ponto no mês, para 101,0 pontos, o maior patamar desde setembro de 2013.
"Para que haja uma recuperação mais consistente será necessária a efetiva melhora do nível de atividade. Na análise setorial, o comércio se destaca e a indústria de transformação segue piorando pelo terceiro mês consecutivo", completou Viviane.
Houve piora na confiança apenas na Indústria (-0,9 ponto) em julho. O setor de Serviços avançou 2,2 pontos, o Comércio cresceu 2,3 pontos, e a Construção aumentou 2,6 pontos.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.694 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 25 de julho.