O presidente da República, Jair Bolsonaro, falou no período da tarde desta quarta-feira, 31, que o encontro com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, foi "excelente" e que conversaram sobre um possível acordo de livre-comércio. Ele também admitiu que há um receio por parte dos EUA sobre supostas "armadilhas" no acordo entre o bloco sul-americano e a Europa, que poderiam inviabilizar as negociações com os americanos.
"Eu acho que todo mundo está preocupado com algumas armadilhas. Todo mundo está preocupado com isso daí. Que talvez no acordo do Mercosul (com a UE) possa ter algum problema assinar algum acordo com os EUA", disse o presidente, após cerimônia de troca da guarda presidencial no Palácio do Planalto.
Bolsonaro comentou que essa é uma questão que envolve a inteligência do governo para identificar se há, de fato, armadilhas no acordo Mercosul-UE. "Parto do princípio que não haja", declarou.
Ele afirmou que Ross falou do "interesse" dos EUA no Brasil e seguiu a linha do que Bolsonaro já discutiu anteriormente com o presidente dos EUA, Donald Trump. Bolsonaro considera que o comércio entre Brasil e EUA "está muito fraco", levando em conta o tamanho dos dois países.
O presidente da República também disse que outros países têm procurado o Brasil para eventuais acordos, entre eles Japão, Coreia do Sul e Bolívia.
Na terça, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que vai trabalhar por um acordo de livre comércio com o Brasil.
O secretário de Comércio Exterior brasileiro, Marcos Troyjo, disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o Brasil vai buscar o acordo mais "ambicioso e abrangente" possível com os norte-americanos.