Jornal Correio Braziliense

Economia

Redução das despesas no 1º semestre melhorou resultado primário, diz BC

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta segunda-feira, 29, que permanece no setor público uma trajetória de melhoria do déficit primário. Segundo ele, o déficit primário de R$ 5,740 bilhões no primeiro semestre representa o melhor resultado para o período desde 2015, quando houve superávit de R$ 16,2 bilhões. Rocha avaliou que a redução das despesas do setor público no primeiro semestre está por trás da melhora do resultado primário. Em meio ao processo de redução de despesas, o governo central (Tesouro, BC e INSS) apresentou déficit de R$ 24,674 bilhões no primeiro semestre, ante R$ 28,718 bilhões de rombo no mesmo período de 2018. Os governos regionais (Estados e municípios) também contribuíram para o resultado, com superávit primário de R$ 19,077 bilhões no primeiro semestre ante superávit de R$ 13,214 bilhões no mesmo período do ano passado. Rocha lembrou que no primeiro semestre, tradicionalmente, os resultados dos governos regionais são mais favoráveis. Isso porque as despesas com servidores e aposentadorias e pensões são menores. Além disso, os entes federativos recebem transferências do governo central. "Os resultados regionais geralmente são melhores no primeiro semestre e piores no segundo semestre", disse Rocha. "As receitas e despesas não são recebidas nas mesmas proporções em todos os meses do ano. Os gastos com funcionários ou aposentadorias e pensões aumentam no segundo semestre. Do lado das receitas, há concentração de arrecadação no primeiro semestre", resumiu. O chefe do Departamento de Estatísticas disse ainda que, de forma geral, ocorre mais contingenciamento de despesas no primeiro semestre, com os governos ajustando os gastos no segundo semestre para cumprir as metas.