Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas de NY caem com Draghi menos 'dovish' do que previsto e balanços no radar

Os principais índices acionários nova-iorquinos encerraram o pregão desta quinta-feira, 25, em queda, com investidores monitorando falas do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, em coletiva de imprensa após o anúncio da decisão de política monetária da instituição. As declarações foram tidas como menos "dovish" do que o esperado, o que desapontou agentes. O mercado também monitora a temporada de balanços das principais empresas negociadas em Wall Street. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,47%, aos 27.140,98 pontos, enquanto o S 500 recuou 0,53%, para 3.003,67 pontos, e o Nasdaq, 1,00%, aos 8.238,54 pontos. Nesta quinta-feira, Draghi afirmou que a autoridade monetária da zona do euro não discutiu mudanças em sua política para esta reunião, apesar da sinalização de que medidas de estímulo estão na pauta do BCE, que agora passa a prever os juros "nos seus níveis presentes ou mais baixos" ao menos até o fim do primeiro semestre de 2020. A declaração do presidente da instituição europeia desapontou agentes do mercado, sobretudo por possíveis impactos que podem ter sobre a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), cuja reunião acontece no dia 31 de julho. O tom de incertezas, assim, pressionou as bolsas nova-iorquinas, que esperam um corte nas taxas básicas de juros americanas de ao menos 25 pontos-base ao final deste mês. Segue, no radar dos investidores, também, a temporada de balanços das empresas negociadas em Nova York. Ontem, após o fechamento do mercado, o Facebook divulgou lucro líquido de US$ 2,616 bilhões no segundo trimestre de 2019, o equivalente a US$ 0,91 por ação, representando uma queda de 49% em relação ao mesmo período de 2018. Com isso, a empresa recuou 1,93% no pregão desta quinta-feira. A 3M também teve suas ações pressionadas, mais precisamente com baixa de 0,72%, pela divulgação dos resultados do segundo trimestre deste ano. A empresa registrou lucro líquido de US$ 1,13 bilhão no período, queda de 37,5% na comparação anual. O banco Credit Suisse, ao longo do pregão, alterou sua recomendação de compra de ações da AT, elevando-a para a categoria "neutro". Em meio à notícia, os papéis da empresa se fortaleceram em 1,71%.