Walter Barelli, economista e ex-ministro do Trabalho, morreu na noite de quinta-feira, aos 81 anos. Ele estava internado havia três meses no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após bater a cabeça em uma queda. Viúvo, deixa três filhos, Suzana, Pedro e Paulo. O corpo de Barelli foi velado na Cripta da Catedral da Sé, ontem. Uma missa será celebrada hoje às 10h, e o enterro está previsto para acontecer às 11h no Cemitério Gethsemani Anhanguera.
Doutor em economia, Barelli era referência no campo do sindicalismo e teve a trajetória marcada por bandeiras como o aumento salarial e a ampliação do nível de emprego no país. Atualmente, ele era conselheiro do Instituto Via de Acesso, ONG que prepara jovens para o mercado de trabalho, marcando sua atuação também no terceiro setor.
Entre 1966 e 1990, Barelli foi diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), instituição que ganhou visibilidade e credibilidade durante seu comando. Atuou também como Ministro do Trabalho do governo Itamar Franco, de 8 de outubro de 1992 a 4 de abril de 1994, e secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo (SERT), de 1995 a 2007, nos governos Mário Covas e Geraldo Alckmin. Foi professor do Departamento de Teoria Econômica e membro Cesit (Centro de Economia Sindical e do Trabalho) da Unicamp.
No fim dos anos 1980, aproximou-se do PT e assessorou Lula na campanha à Presidência da República, vencida por Fernando Collor de Mello. Em 1994, filiou-se ao PSDB, quando implantou as Frentes de Trabalho para os desempregados e o Banco do Povo Paulista.