Jornal Correio Braziliense

Economia

Juros futuros iniciam esta terça-feira estáveis em dia de agenda fraca

Os juros futuros abriram e são negociados praticamente estáveis numa terça-feira, 16, de fraca agenda e noticiário domésticos. Na segunda, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) já haviam fechado perto dos ajustes da sessão anterior com viés de baixa. Como diz a corretora H.Commcor, passada a primeira fase da PEC da Previdência na Câmara dos Deputados, o desempenho dos ativos sinaliza que a aprovação da reforma já está praticamente precificada e "aos poucos somente eventuais notícias pessimistas sobre a aprovação da PEC têm uma maior capacidade de mudar o ritmo dos investimentos". O DI para janeiro de 2021 abriu a 5,56% ante 5,55% no ajuste de segunda. O DI para janeiro de 2023 abriu a 6,32% mesma taxa no ajuste de segunda. O DI para janeiro de 2025 abriu a 6,88% ante 6,87% no ajuste de segunda. Na segunda, no encerramento da sessão regular, as taxas futuras refletem chances de 57% de corte da taxa básica em 0,25 ponto porcentual e 43% de redução em 0,50 ponto, segundo cálculos da gestora de recursos Quantitas. Entre 27 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, 16 esperam queda da Selic de 0,25 ponto porcentual neste mês. Já oito acreditam em queda maior de 0,50 ponto porcentual, enquanto três esperam manutenção. Na segunda, em relatório, a Oxford Economics afirmou que espera corte de 0,25 ponto porcentual em julho, mas que percebe ser possível um corte de 0,50 ponto. "A eventual melhora das condições externas com a virada 'dovish' do Fed pode levar o BC brasileiro a reduzir em até 150 pontos-base a taxa básica nos próximos quatro meses, com três cortes de 0,50pp, elevando os preços dos ativos e aliviando as condições financeiras", escreveram. Voltando ao Congresso Nacional, começa a ganhar corpo a discussão em torno da reforma tributária, como mostra manchete do Estadão. A reportagem revela que o Ministério da Economia calcula que a proposta encampada pela Câmara dos Deputados exigiria a fixação de uma alíquota de 30% ou até maior para o novo Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS) que incidiria sobre o consumo. Nesse patamar, o Brasil passaria a ter o maior imposto sobre valor agregado (IVA) do mundo. Por trás do cálculo, há uma disputa entre governo e Congresso no andamento da reforma tributária. Nesta terça, a FGV divulgou que o IGP-10 subiu 0,61% em julho, acima da alta registrada no mês anterior, quando índice subiu 0,49%. O resultado ficou próximo ao teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimava alta entre 0,32% e 0,62%, com mediana de 0,51%. No ano, o índice acumula alta de 4,41% e 6,23% nos últimos 12 meses. A FGV também divulgou que o IPC-S acelerou a 0,14% na segunda quadrissemana de julho, após registrar taxa de 0,05% na primeira leitura do mês. O Tesouro Nacional realiza nesta terça-feira leilão de venda de até 1,150 milhão de Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), papéis que são indexados ao IPCA. A oferta será dividida em dois grupos de vencimentos. No Grupo 1, que contempla os vencimentos de 15/8/2024 e 15/8/2028, o lote é de até 1 milhão. No Grupo 2, a oferta é de até 150 mil títulos, a serem distribuídos nos vencimentos e 15/5/2035 e 15/5/2055.