O faturamento do mercado segurador brasileiro alcançou R$ 103,7 bilhões, no acumulado de janeiro a maio deste ano, alta de 7,1% em comparação a igual período do ano passado. Somente em maio, a alta registrada foi de 16,1%, em relação ao mesmo mês de 2018, de 2%.
De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), os dados excluem saúde suplementar, cujos últimos números ainda são anteriores a maio, e o seguro do trânsito DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), cuja tarifa é administrada pelo governo.
Também nos 12 meses até maio deste ano, o faturamento do setor foi positivo em 1,5%, retomando a tendência de alta, após estabilização em abril, de 0,1%. Na avaliação do presidente da CNSeg, Marcio Coriolano, esse é um número importante e se aproxima do resultado apurado nos dois primeiros meses do ano, após quatro meses de 2018 em que o setor apresentou taxas de desempenho negativas.
Coriolano disse que a perspectiva para o setor este ano vai depender de resultados ;consistentemente melhores a cada mês;. Ele acredita que os resultados de junho e, por consequência, do primeiro semestre, pautarão as expectativas para o ano.
Conjuntura
A análise de conjuntura do setor revela que o ramo de seguros patrimoniais, que envolve seguros de dados e responsabilidades, liderou a expansão registrada de janeiro a maio, em 15,7%, acompanhado dos planos de riscos, dentro do segmento cobertura de pessoas, com incremento de 15,4%. O segmento de títulos de capitalização também mostra expansão de 11,7% no acumulado até maio.
Nos últimos 12 meses findos em maio, os seguros de cobertura de pessoas - planos de riscos, no segmento de vida e previdência -, registraram alta de 11,3%, enquanto os planos de acumulação, que englobam PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) mostraram variação negativa de 5,6%. Apesar da queda da receita, houve melhoria em relação aos 12 meses encerrados em abril, quando a taxa foi negativa em 7,8%.
O seguro automóvel, que é o produto de maior arrecadação do segmento de danos e responsabilidades, evoluiu 3,6% em maio, em relação a igual mês do ano passado. No acumulado em 12 meses, foi sentida uma leve recuperação do produto, que cresceu 2,6%, contra 2,5% nos 12 meses completados em abril.