Jornal Correio Braziliense

Economia

Seis das oito atividades do varejo restrito têm aumento de vendas em maio

As vendas do comércio varejista ficaram estáveis em maio, com ligeira queda de 0,1% ante abril, mas, na composição, houve aumento de vendas em seis das oito atividades do varejo restrito, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Os destaques de alta na passagem de abril para maio foram as atividades de "hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo" (alta de 1,4%), "Tecidos, vestuário e calçados" (1,7%), "Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos" (0,9%) e "Móveis e eletrodomésticos" (0,6%). Isabella Nunes, gerente da PMC do IBGE, lembrou que a alta nas vendas de supermercados não foi suficiente para anular a queda de 3,5% nas vendas no acumulado de fevereiro a abril. Nessa atividade, o destaque foi o comportamento da inflação de alimentos. A pesquisadora lembrou que o subgrupo "alimentação no domicílio", dentro do IPCA, passou de uma alta de 0,62% em abril para uma queda de 0,89% em maio. "Essa atividade responde muito a preço", afirmou Isabella, concordando que a queda nas vendas de supermercados entre fevereiro e abril poderia estar, justamente, atrelada à pressão inflacionária nos alimentos. Outras atividades que apresentaram alta de vendas foram "Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação" (alta de 2,2% ante abril) e "Livros, jornais, revistas e papelaria" (0,4%). Pressionando negativamente, os destaques foram as atividades "Outros artigos de uso pessoal e doméstico" (-1,4%) e "Combustíveis e lubrificantes" (-0,8%). As duas atividades que se somam às oito do varejo restrito para formar o varejo ampliado também caíram: "Veículos, motos, partes e peças" registrou queda de 1,8% ante abril e "Material de construção" recuou 2,1%. Apesar disso, as vendas no varejo ampliado avançaram 0,2% em maio ante abril. Isabella, do IBGE, explicou que isso ocorre por causa da metodologia de ajuste sazonal, que é feito atividade por atividade. Além disso, a atividade de supermercados, que registrou alta de 1,4% ante abril, tem peso igualmente relevante tanto no varejo restrito quanto no ampliado.